ARBITRO PRINCIPAL: WILLIAM MARTINS DA FONTE

ARBITRO AUXILIAR: FERNANDO FERNANDES DE SOUZA SILVA

ANOTADOR: THAIS DA SILVA

CRONOMETRISTA: MARLY FERREIRA DA SILVA

Item 1 -NÃO COMPARECEU POLICIAMENTO
Item 2 -A EQUIPE MANDANTE APRESENTOU SEGURANÇA PARTICULAR
Item 3 -AS DUAS EQUIPES APRESENTARAM REPRESENTANTES
Item 4 -OUTRO RELATO: AOS 20’30” (VINTE MINUTOS E TRINTA SEGUNDOS) DE JOGO, APÓS UM PEDIDO DE TEMPO TÉCNICO, A PARTIDA FICOU PARALISADA POR 04’50” (QUATRO MINUTOS E CINQUENTA SEGUNDOS) DEVIDO À SEGUINTE ORDEM DOS FATOS: POUCO ANTES DO PEDIDO DE TEMPO, A TORCIDA DA EQUIPE VISITANTE COMEÇOU A SE EXALTAR EM XINGAMENTOS DIRECIONADOS AO ÁRBITRO QUE VOS RELATA O FATO, PROFERINDO PALAVRAS COMO “SEU VIADO”, “VAI TOMAR NO CU, FILHO DA PUTA!”, “APITA ESSA PORRA DIREITO, SEU MERDA!” EM TOM ALTO E AGRESSIVO DE VOZ E POR REPETIDAS VEZES. DENTRE OS TORCEDORES, SE DESTACAVA UM EM ESPECÍFICO COM UM COPO DE CERVEJA NA MÃO E DEBRUÇADO NA GRADE DA ARQUIBANCADA, COM SEU CORPO INCLINADO PARA DENTRO DA QUADRA ENQUANTO PROFERIA TAIS PALAVRAS SUPRACITADAS. APÓS O PEDIDO DE TEMPO, SOLICITEI À REPRESENTANTE DA EQUIPE AFA/18 DE JULHO, SRA. ALESSANDRA OLIVEIRA, QUE TENTASSE ACALMAR A SUA TORCIDA A FIM DE QUE O AMBIENTE NÃO SE TORNASSE HOSTIL DESNECESSARIAMENTE, AFINAL, SE TRATAVAM DE CRIANÇAS DE ATÉ DEZ ANOS DE IDADE EM QUADRA. CONTUDO, NESTE MOMENTO, ADENTROU À QUADRA DE JOGO O SR. JUNIOR ROMANO, IDENTIFICADO COMO GESTOR DE BASE DA EQUIPE, PERGUNTANDO A MIM O QUE ESTAVA ACONTECENDO. APÓS EXPLICAR-LHE TODA A SITUAÇÃO, O MESMO DISSE: “ELE NÃO PODE TE CHAMAR DE VIADO? ISSO AGORA É XINGAMENTO HOMOFÓBICO? TODO MUNDO FAZ ISSO! VOCÊ SABE SE FOI PARA VOCÊ? ELE PODE ESTAR FAZENDO PARA QUALQUER UM! ELE PODE ESTAR GRITANDO PARA O ALTO! VOCÊ QUER APARECER! EU VOU LÁ FALAR COM ELE, MAS ISSO É PALHAÇADA SUA!”. INFORMO QUE O MESMO SEQUER CHEGOU PERTO DO TORCEDOR BUSCANDO O CONSCIENTIZAR, APENAS FEZ UM GESTO DE LONGE E VOLTOU A ME QUESTIONAR, DIZENDO: “VOCÊ QUER APARECER! ISSO É CULPA SUA, VOCÊ FEZ ISSO!” COM O DEDO EM RISTE E EM TOM ALTO E AGRESSIVO DE VOZ. AO SOLICITAR QUE O MESMO ABAIXASSE SEU DEDO E FALASSE COM CALMA, NO MESMO TOM EM QUE EU O DIRIGIA A PALAVRA, O MESMO DISSE: “EU FALO ASSIM MESMO! VOCÊ NÃO É NINGUÉM, EU FALO ASSIM E ACABOU!”, SE APROXIMANDO DEMAIS DE MIM, QUASE FICANDO ROSTO A ROSTO, AINDA DE FORMA AGRESSIVA E DIZENDO “E VOCÊ VAI FAZER O QUÊ?”. DEI DOIS PASSOS PARA TRÁS, SOLICITANDO QUE SE AFASTASSE DE MIM. NESTE MOMENTO, SAÍ DE PERTO DO GESTOR E ME DIRIGI À MESA DE ARBITRAGEM. O MESMO VEIO ATRÁS DE MIM E O INFORMEI QUE DEVERIA SE RETIRAR DA QUADRA E QUE A PARTIDA NÃO CONTINUARIA COM A PRESENÇA DO MESMO ALI. O MESMO SE NEGOU A SAIR, DIZENDO QUE ERA GESTOR DE BASE E QUE ELE PODE FICAR E PROSSEGUIU COM DEDO EM RISTE DIZENDO: “VOCÊ ESTÁ FAZENDO UM TEATRO, EU NÃO VOU SAIR! VOCÊ VAI VER, EU VOU TE RELATAR! EU SEI O QUE FAZER, EU SEI BEM COM QUEM EU VOU FALAR!”. APÓS A SUPRACITADA SEQUÊNCIA DE EVENTOS, TENTEI CONVERSAR COM A REPRESENTANTE DA EQUIPE NA PARTIDA, SRA. ALESSANDRA OLIVEIRA, PARA QUE CONSEGUÍSSEMOS DE FATO A MELHOR FORMA DE CONTORNAR O AMBIENTE QUE SE TORNOU APÓS O COMPORTAMENTO COMPLETAMENTE EXTRAPOLADO E ANTIQUADO DO GESTOR SUPRACITADO. NESTE MOMENTO, O MESMO SE MOSTROU ALTERADO, A PROIBIU DE CONVERSAR COM A EQUIPE DE ARBITRAGEM, A PUXANDO PELO BRAÇO DIREITO E DIZENDO: “SOU EU QUE ESTOU FALANDO! VOCÊ NÃO TEM QUE CONVERSAR COM ELES, EU QUE TÔ FALANDO! NÃO É PRA FALAR! ELE TEM QUE FALAR É COMIGO! NÃO FALA COM ELES, EU TÔ MANDANDO! SAI DE PERTO DELE! NÃO ESCUTA ELE!”. A MESMA ESCUTOU O QUE EU FALEI, MAS NADA PÔDE FAZER GRAÇAS À ATITUDE DO GESTOR. APÓS O MESMO ADENTRAR AO VESTIÁRIO CONTRARIADO, A PARTIDA TEVE SEU REINÍCIO NOVAMENTE.
Item 5 -OUTRO RELATO: AO TÉRMINO DA PARTIDA, A TORCIDA DA EQUIPE VISITANTE, COM OS ATLETAS DO OLARIA AC DE ATÉ 10 ANOS DE IDADE AINDA SE RETIRANDO DE QUADRA, PROFERIU CANTOS COM TRECHOS COMO “NO OLARIA SÓ TEM CUZÃO!” E “EI, JUIZ, VAI TOMAR NO CU!”, PROVOCANDO UM CLIMA COMPLETAMENTE HOSTIL ENTRE AS TORCIDAS NO GINÁSIO. INFORMO AINDA QUE A SEGURANÇA DO OLARIA AC ESTEVE PRESENTE A TODO MOMENTO E QUE TAL PRESENÇA FOI VITAL PARA QUE A PROVOCAÇÃO DA TORCIDA VISITANTE NÃO SE TORNASSE UMA CONFUSÃO GENERALIZADA ENTRE AS TORCIDAS. É O RELATÓRIO.